Pedagogia Diferenciada e Desenvolvimento Curricular

Ficha de unidade curricular - Ano letivo 2019/2020

Código: PG_EE07
Sigla: PDDC
Secção/Departamento: Ciências Sociais e Pedagogia
Semestre/Trimestre: 2º Semestre
Cursos:
Sigla Anos Curriculares ECTS
PG_EE 4
Nº de semanas letivas: 15
Carga horária:
Horas/semana T TP P PL L TC E OT OT/PL TPL O S
Tipologia de aulas
Responsável: Luísa Manuela da Costa Ramos de Carvalho
Corpo docente: Luzia Mara Silva Lima Rodrigues

Língua de Ensino

Português

Objetivos de aprendizagem (conhecimentos, aptidões e competências a desenvolver pelos estudantes)

O objetivo principal desta unidade curricular é analisar criticamente a conceção de pedagogia diferenciada, em contraposição a outras pedagogias consideradas “inclusivas”, mas que, diante de um olhar mais crítico e atento, na verdade estruturam-se como soluções não inclusivas. Neste sentido, pretende-se que os estudantes sejam capazes de:
- Aprofundar conhecimentos sobre as teorias que fundamentam a diferenciação pedagógica e o desenvolvimento curricular,
- Analisar criticamente diversos discursos pedagógicos e tomar consciência das suas coerências e contradições, bem como dos dilemas éticos da profissão.
- Analisar criticamente o currículo, suas conceções e práticas, à luz do paradigma da inclusão.
- Aprimorar competências para o apoio ao desenvolvimento de culturas e práticas profissionais inclusivas, com ênfase na intervenção junto ao sistema educativo e à escola e seus atores, mais do que junto ao aluno e sua condição de deficiência.

Conteúdos programáticos

Pretende-se que este programa seja flexível e evolutivo: adaptações serão feitas em função dos interesses e das evoluções pedagógicas dos estudantes. Os conteúdos programáticos serão desenvolvidos à volta dos seguintes eixos:
I. Pedagogia diferenciada e diferenciação curricular: definição de conceitos.
II. Diferenciação curricular e pedagógica e exclusão: desafios da equidade e da inclusão.
III. O Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória, o Decreto-Lei 54/2018 e o Decreto-Lei 55/2018.
IV. Diferenciar a pedagogia: como? Desenho Universal para a Aprendizagem, Sala de aula Invertida e outras.


Demonstração da coerência dos conteúdos programáticos com os objetivos de aprendizagem da UC

A pedagogia diferenciada parte da constatação que os alunos têm competências e formas de aprendizagem muito diferentes. A pedagogia diferenciada tenta dar resposta a esta heterogeneidade. Neste sentido os conteúdos programáticos incidem na compreensão da exclusão escolar interrogando o sistema educativo como um todo, sobretudo as conceções e práticas que se estruturaram historicamente como uma solução não inclusiva. Para tal, os conteúdos incidirão no estudo do currículo como um dos aspetos centrais que devemos levar em conta quando procuramos uma educação inclusiva.

Metodologias de ensino

O programa organizar-se-á em torno dos seus próprios conteúdos e será desenvolvido de forma contextual, não-linear. Para isso, os conteúdos serão ancorados na experiência dos alunos e a sua abordagem será expositivo-dialógicas, de forma a estimular a participação crítica e a comunicação aberta e constante entre professor e alunos.
O acompanhamento tutorial, pessoal ou em grupo, consistirá na orientação e organização do estudo sobre as temáticas a aprofundar, para além do esclarecimento de dúvidas delas decorrentes.
Espera-se que cada estudante (a) participe na discussão das questões em análise, bem como nas atividades propostas; (b) leia, analise e discuta os textos propostos; (c) execute os produtos de avaliação solicitados, evidenciando, com clareza e rigor, os conhecimentos adquiridos; (d) envolva-se no estudo/preparação para as atividades de avaliação.

Demonstração da coerência das metodologias de ensino com os objetivos de aprendizagem da UC

Com as aulas expositivo-dialógicas pretende-se que os alunos se interroguem sobre os temas em discussão, analisando criticamente a sua experiência profissional e as realidades de diferentes escolas e contextos educativos, à luz das atuais conceções sobre equidade e inclusão.
Os saberes e as competências adquiridos pelos estudantes nos seus diversos contextos de vida são considerados recursos fundamentais. Pretende-se que os saberes a adquirir pelos estudantes sejam construídos em articulação com os saberes existentes.

Metodologia e provas de avaliação

A avaliação contínua incidirá sobre as sessões de trabalho, os processos utilizados e as produções académicas dos estudantes. Cada estudante deverá produzir um trabalho pessoal que consiste na análise crítica de um texto ou vídeo disponibilizados pela professora na Plataforma Moodle ou outro escolhido/proposto pelo estudante. O produto deste trabalho deverá ter cerca de 7 páginas, incluindo a capa, ou ter formato livre, desde que demonstre claramente o pensamento do estudante. Esta parte do trabalho terá uma pontuação de até 18 valores.
A apresentação oral do trabalho terá uma pontuação de -2 até +2 valores.
A avaliação em exame incidirá sobre os textos referidos na bibliografia principal da UC.

Regime de assiduidade

75% de assiduidade.

Componentes de Avaliação e Ocupação registadas

Descrição Tipo Tempo (horas) Data de Conclusão
Participação presencial (estimativa)  Aulas  0
  Total: 0

Bibliografia

Ministério da Educação/Direção-Geral de Ensino (2017). Perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória. Lisboa, Ministério da Educação/DGE.
Nunes, C., Madureira, I., (2015) Desenho Universal para a Aprendizagem: Construindo práticas pedagógicas inclusivas, Da Investigação às Práticas, 5(2), 126 - 143.
Rodrigues D. (2013) “Equidade e Educação Inclusiva”, Profedições, Porto
Rodrigues, D. (2016) Direitos Humanos e Inclusão. Porto. Profedições.
Rodrigues, D (2017) Dimensões éticas da Educação Inclusiva”, Revista Educação Inclusiva, 8,2, pp11 – 17
Rodrigues, D. (2018) “Ensaios sobre Educação Inclusiva”, Edições Pró–inclusão, Almada.
Alves, Manuela, (2018) Desenho Universal da Aprendizagem: trilhos inclusivos, Educação Inclusiva, i9,1, pp. 1-18
1. UNESCO (2017) A guide for ensuring inclusion and equity in education.
2. ALANA (2014) O valor que os colaboradores com síndrome de Down podem agregar às organizações.
3. Rix, J. (2015) Must inclusion be especial? Rethinking educational support within a community of provision. London. Routledge.

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